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Velhos Devaneios

O vento das 17 horas me dá sono Me dá tristeza e me faz ficar recluso Talvez porquê amei E tenho na alma o DNA  De um louco sonhador O vento arrebata-me de mim mesmo. Ouço músicas que fazem O universo dentro de mim estremecer Colossais me fazem lembrar da luz De um passado que eu queria Que fosse meu presente Sou sonhador. Eu esqueci de viver. A canção do amor fala alto Fala com minha alma imersa na paixão Me mostra a imponência de sentir E de sentir e se permitir Amar é bom. Deduzi. Até o sol resolveu morrer de amores.

Fala Autor! (001)

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A poesia é para mim mais do que somente a arte de criar textos emotivos. É para mim uma necessidade. Necessidade de colocar pra fora a minha dor, necessidade de transformar minhas dores em arte, transformar os meus traumas em algo que livre. A poesia começou a surgir em mim quando eu estava no ensino médio. Eu escrevia versos de amor (um tanto bregas) para uma colega minha. Apesar das poesias serem bem amadoras meus colegas gostavam. Com o tempo eu fui mortificado por coisas que segundo Deus eu precisava passar, foram anos negros, anos que me fizeram sofrer e que quando saí eu já não me reconhecia mais. Eu pedia a Deus uma forma de colocar aquele peso pra fora e descobri a poesia. Na poesia eu colocava cada sentimento, cada trauma, cada dor, e tentava ser o mais preciso possível. E quando terminava uma poesia, a calma me inundava, a dor já não me atingia mais. Foi então que percebi o quanto eu precisava da poesia para viver. E a poesia seria minha arte. Foto de Florian Klau

Matadouro

Me levaram pra conhecer Um lugar onde tudo era renovo E que lá poderia encontrar descanso Para minha história tão afligida Um lugar de delícias e amor sem fim Numa noite quente de agosto. A letra mata. Era a principal mensagem. Lá pude ver que mentalidades eram Tomadas e sonhos trocados  Por coisas vis Eu sentia o inferno correr dentro de mim Eu via a morte de muitos Eu via boas almas darem lugar A demônios que mentiam De vozes que me deixam tonto Eu queria sair. Não queria ser  O próximo possuído Eu dei valor a mim mesmo Não havia saída Eu era o próximo a entrar Na sala da matança Pedi ajuda a Deus O cheiro de carnes violadas era terrível Socorro! Assim gritei para Deus. Brechas se abriram Eu consegui sair despercebido O mundo fedia. Minha alma fedia Por um momento o alívio me tomou Estava longe do inferno na terra. Os pesadelos eram constante A dor aos poucos foi sucumbindo Passei a dar valor Ao nobre guerreiro que eu sou Passei a dar valor a cada raio de sol Ser feliz é facil. Eu nã

Uma Longa Caminhada

Renasci e fiz esses versos quando vi A luz do mundo inundar meu olhar Meu coração ainda pesa Pelas batalhas travadas indesejadas Que tive que travar Em prol da evolução Minha alma chora por dentro E o meu corpo deveria estar chorando Chora uma alma carregada Uma alma cansada Até as lágrimas que caem Já cansam a minha alma O que eu fiz para merecer Tamanho abuso? Será que fui mal em outra vida Será que assaltei em outra vida Para ser assalto nessa minha vida? São respostas que o tempo não me diz. O caminho inflama e me chama E me diz o quão longo é É o caminho que muitos chamam De tempo. De tempo para curar. Andar já é difícil destruído por dentro Me dói essa caminhada solitária. Não há versos que definam a dor A sufocante dor que eu não quis Caminho de chão quente Mas que no final há uma vida melhor Decidi caminhar o caminho do tempo Com os olhos pesados de lágrimas.

Autor Conhecido

É impossível ter como amigo Quem faz a vida ganhar intensidade Quem se funde com os sonhos Que antes sonhavam na solidão A amizade é sentimento indesejado Quando a boca clama pelo teu amor Quando o corpo clama pelo teu sabor E a vida clama por tua companhia.

A Saudade Que Não Acabou

Por um momento eu vivi Vivi como quem esqueceu as dores Do que realmente era viver Me entreguei ao Mundo Inédito Vivi como um imortal Sem pressa para fechar os olhos e partir. Vivi o que eu tinha direito Vivi o que realmente me pertencia Viver e amar eram direitos divinos Se entregar e esquecer a solidão Vivi o que não posso negar Vivi e confesso: Era feliz. Eu vi o mundo ganhar luz Eu nasci nos braços do amor Eu nasci e não era maduro Para entender que tudo morre Eu deveria entender Que eu iria morrer para mim também. A saudade hoje arde  Arde porquê ainda amo Amo e não tenho vergonha Há um céu que separa duas almas Um céu que deveria unir Tudo tem validade. Inclusive eu. Recordo como quem quer viver Um sonho outra vez na sua vida Um dia meus olhos se fecharão Minha missão se findará E te verei mais uma vez Num mundo onde o amor é eterno.

Me Faça Acreditar

Me faça acreditar que ainda há Uma luz a me guiar Nessa devastação tão indesejada Que suas palavras terão sentido Quando tudo que você me deu Foi apenas a ruína e a escuridão Quando eu te dei meus sonhos. Me faça acreditar que o amanhã  Virá com o aroma da primavera Quando a devastação e o cinza Foi o que você me deu Quando a porta se fechou E eu como uma criança chorei A dor de sentir a solidão que nunca quis. Me faça acreditar que as cores irão voltar Que é passado o negrume que tomou-me Que a ressurreição é possível Que há esperanças após a hecatombe Que me consumiu tão injustamente Me faça acreditar numa vida sem poréns Que a infância não foi em vão. Ontem sepultei meu grande sonho E você não estava aqui Quando sepultei o que restou De nós mesmos.